Boa tarde, gente!
Hoje não venho para dar receitas, mas para compartilhar algumas ideias e pensamentos que, já há algum tempo, tenho vontade de escrever...
Acabo de ler um comentário feito pela terapeuta ayurvédica Aline Reipert, divulgando um curso sobre "Alimentação, Digestão, Excesso e Desintoxicação com o Ayurveda" que me inspirou a registrar estes meus pensamentos.
Segue o texto da querida Aline:
"Com muito carinho e alegria compartilhamos receitas, dicas e informações mas é importante ir além, estudar e às vezes até "desaprender", abandonar algumas crenças em torno da alimentação que nos acompanham a muito tempo...
Estar em grupo, ouvir a experiência do outro, te coloca em um caminho de autoconhecimento que vai muito além dessas dicas rápidas. Estudar amplia nossos horizontes e sempre abre novas perspectivas. O Ayurveda é a base para esse entendimento e a proposta desse curso é retornamos ao simples e a partir daí seguir como um ser único, corpo-mente-espírito, em perfeita harmonia."
A Aline conseguiu "resumir" de maneira rápida e clara tudo o que eu tenho sentido: abandonar crenças em torno da alimentação que nos acompanham há tempos, um caminho de autoconhecimento, retornarmos ao simples e a partir daí seguirmos em perfeita harmonia de corpo-mente-espírito. Tudo faz tanto sentido que parece não ter sentido tentar "explicar"...
Mas vou falar do que eu vivi (e vivo!) neste longo caminho de autoconhecimento...
Sou formada em Educação Física e a alimentação saudável sempre foi um tema presente na minha vida. Reeducação Alimentar, dietas para ganho de massa muscular, dietas para perda de gordura eram assuntos recorrentes no meu dia-a-dia como Personal Trainer e como professora de Pilates.
Então, fiquei grávida, tive meu filho, parei de trabalhar. Meu filho cresceu, parei de amamentar, comecei a preparar a comida dele (e a nossa!) e a me interessar cada vez mais pelo assunto "alimentação saudável" (pois de tudo o que uma mãe quer para o seu filho, vê-lo com saúde é uma das coisas mais importantes e prioritárias - por óbvio!).
E fui lendo e buscando informações: livros, blogs, artigos científicos atuais, pesquisas fidedignas... Me "deparei" com a Dieta Paleolítica: a base da alimentação era água, verduras e vegetais, seguidos por proteína animal e gorduras boas, raízes e frutas. Comer comida de verdade, de preferência orgânica e sem industrializados, essa era a prioridade! Aqui abro um "parênteses": a Dieta Paleolítica não é uma Dieta da Proteína como a mídia, na maioria da vezes, coloca. Nossos ancestrais da Era Paleolítica se alimentavam, basicamente, de verduras e vegetais, facilmente encontrados, e de animais da sua própria caça (que, é importante ressaltar, não era diária e não vinha "embalada a vácuo"). Além disso, na Era Paleolítica, não se tomava leite de outros animais, não se comia queijos e nem outros derivados do leite. Era assim a dieta dos nosso ancestrais.
Bom, mas nesse caminho, encontrei o Ayurveda, com toda a sua sabedoria e simplicidade. Sim! Simplicidade, pois o simples é o que realmente é essencial. E eu, como grande curiosa que sou, fui "querer saber mais", estudar, conhecer, compreender...
O Ayurveda, além de me "apresentar" um "estilo de vida" (ou "estilo de ser", como eu prefiro dizer, pois o Ayurveda É), me apresentou também pessoas tão queridas e cheias de compaixão, tão simples e desprendidas, tão amorosas e verdadeiras, que me identifiquei e posso dizer que "me encontrei". Me encontrei no sentido de saber o que seguir e, principalmente, como seguir.
E aqui, retomo um trecho de um texto que escrevi há uns 4 anos atrás... "O respeito é uma das qualidades que mais admiro: respeito com a vida, com o planeta, com as diferenças, com o outro, consigo mesmo. Ter consciência das nossas atitudes e do que elas podem representar na vida do outro pra mim é fundamental!" E, por isso, por favor, não se ofenda se hoje tu me convidares para um churrasco e eu, por acaso, não quiser comer carne... Vou adorar estar na tua companhia, mas a minha alimentação, além de ser responsável por formar ossos, músculos, tecidos..., hoje é responsável também por formar a minha consciência. E, por isso, de novo: respeito.
O caminho de autoconhecimento segue e vai seguir sempre enquanto eu estiver viva (em todos os sentidos)!
Finalizo agradecendo, então, à querida Aline Reipert, que me inspirou a escrever este texto hoje, e também à querida Gisele de Menezes, minha terapeuta ayurvédica, pelo carinho, paciência e atenção dedicados. Sou eternamente grata!
Um excelente final de tarde para todos vocês! :)